Comunicado 7/2016
O STMETRO depois de consultar os Maquinistas que representa na Linha Azul, comunicou ao Conselho de Administração, na pessoa do Dr. Realinho de Matos e ao Diretor da DOM, Eng. Tiago, que não pode dar um parecer positivo aos horários propostos pela empresa.
Estes horários contêm várias alterações que podem na nossa opinião perturbar o normal desempenho da função de maquinista e que não respeitam vários protocolos assinados com anteriores Diretores e Administrações.
A substituição do sistema de rotação que existe desde à décadas por um novo sistema que coloca os maquinistas meses seguidos em horários practicamente identicos, parece-nos uma alteração mal pensada. Não tendo sido explicado de forma aceitável quais as vantagens para a empresa com a introdução deste sistema de rotação. Reconhecemos que muitos maquinistas fazem preferencialmente, através de trocas, horários parecidos mas existem muitos outros que trabalham nos turnos todos ou vão trocando conforme as suas necessidades pessoais, que não são sempre as mesmas.
A colocação dos Maquinistas de Reserva em São Sebastião também não nos merece um parecer positivo. A explicação que foi dada pelo Director da DOM, de que estas reservas a meio da linha serviriam para acorrer a um dos términos caso houvesse necessidade, não nos parece tecnicamente eficiente. Caso haja uma situação de avaria, com interrupção da circulação e mesmo com esta a funcionar, demorariam sempre 15 a 20 minutos a chegar ao término. Os reservas na nossa opinião têm de estar nos términos pois só assim poderão intervir rapidamente a qualquer situação imprevista tal como um atraso, uma indisposição momentânea de um trabalhador, ou a avaria de um comboio. Caso a empresa não consiga fazer horários eficientes e respeitando os trabalhadores e haja da parte de um sindicato essa capacidade terá, como é evidente, o nosso apoio
O STMETRO defende que a empresa tem de proceder urgentemente à formação de Maquinistas para repor os efectivos e que a eliminação gradual dos serviços de reserva de cada vez que temos um horário novo e a utilização dos mesmos como condição para atribuição de férias e compensações é para nós inaceitável.
Em relação ao Mapa de Férias, o STMETRO, depois de auscultar os seus associados, aceitou o Mapa de férias proposto pela empresa, pois essa foi a exigência dos Maquinistas em plenário para desmarcar as greves de Dezembro de 2015. A empresa limitou-se a recuperar o método que sempre existiu e ter saltado o ano de 2015 parece logico. No ano passado houve a confusão que houve, mas acontece que muitos maquinistas cumpriram as suas férias nos meses previstos seguindo as letras, principalmente as quinzenas de Junho e Setembro, tendo existido grandes alterações principalmente nos meses de Julho e Agosto. Assim sendo, o recuo para a letra de 2015 faria com que muitos maquinistas repetissem os meses de férias de 2015. Sabemos que existem muitas situações de injustiça de maquinistas que não gozaram as férias quando deviam, mas não existiam sindicatos no ML em 2015? Como foi possível deixar introduzir o método das férias só nos serviços de reserva? Se não existia diálogo na altura, existiam formas de luta que não foram utilizadas.
O facto é que estamos a entrar em Março e ainda não temos um plano de férias para 2016.
Agora que existe um Conselho de Administração que diz pretender dialogar e que reúne com as ORTs para apresentar propostas e resolver problemas, passar metade das reuniões a lembrar aquilo que não foi feito no passado, em vez de resolver o presente e pensar no futuro, não nos parece ser o melhor caminho.
O STMETRO é um sindicato responsável que defende o diálogo construtivo com a Empresa e com as outras ORTs e também defendemos que a última palavra deve ser dos trabalhadores e que estes devem ser ouvidos em plenário para aceitarem ou recusarem o próximo plano de férias que for apresentado pela empresa.
Estamos atentos na defesa dos trabalhadores do ML.
A Direcção
25/02/2016